PS
Óbidos é história, cultura, património, turismo, ginja e vinho, fruta e marisco. Mas o melhor mesmo são as pessoas.
Regressar às competências básicas da Câmara e resolver os problemas das pessoas, que se arrastam desde sempre: melhorar a qualidade de vida, promover habitação acessível, qualificação para todos, transportes urbanos, uma Câmara ao serviço dos cidadãos e das empresas, devolver a credibilidade do poder local, separando o interesse pessoal do interesse público, o negócio privado do bem público, as coisas do partido e a gestão municipal.
Para a abstenção. E também não gostava de perder para os mesmos de sempre, que teimam em desvalorizar a democracia, pretendendo transformá-la numa oligarquia. E para os populistas, que chegam de 4 em 4 anos, que pouco sabem da gestão municipal e que tudo prometem. Uns e outros, os mesmos de sempre e os populistas, fazem mal ao poder local e contribuem, à sua maneira, para a abstenção.
A responsabilização dos decisores técnicos e políticos, a quem se pedem resultados das ações programadas. A competência é da APA e devemos deixar que a exerça. Mas temos uma mensagem para o Governo: o turismo de lazer e a economia da ação dos mariscadores são projetos compatíveis e temos de trabalhar em parceria e em paralelo. A Câmara Municipal quer ser o parceiro desta relação, pelo que se disponibiliza para ter mais competências e mais responsabilidades, mas não aceita ser só um mero observador em comissões.
Não existe nada insuportável em Óbidos. Mas Óbidos não pode continuar a ser apenas um bom local para se investir, onde ainda falta tanto por fazer. Não pode ser só um sítio lindo para se visitar, se temos que procurar emprego no concelho do lado. Não pode ser a nossa terra, se os nossos filhos têm de procurar casa noutro lado. Algo tem que mudar!
Deixar os meus filhos na escola, cumprir o meu horário de aulas de EF na escola Josefa de Óbidos, final de tarde a caminho de um percurso de BTT entre o castelo e a lagoa, regressar a tempo de ir ao treino de badminton. Voltar já quase à noite, a casa e à família. Um dia normal de uma vida normal, procurando usufruir neste paraíso de património natural e arquitetónico, e, ao mesmo tempo, como muitos outros cidadãos, trabalhar para criar melhores condições de futuro para os nossos filhos.
Joguei andebol desde muito cedo. No Académico de Leiria e na Juve Lis. Duas grandes famílias. Se voltasse atrás, também teria jogado na União de Leiria e no ACS. Mais duas grandes famílias. O desporto e a educação foram para mim dois grandes pilares. Temo que os nossos jovens não possam hoje dizer o mesmo!